O Traberhof - Chegada da multidão em Rosenheim
Em setembro de 1949, até 30.000 pessoas procurando ajuda se reuniam diante de Gröning diariamente
Finalizados os testes em Heidelberg, em agosto de 1949, Bruno Gröning foi para o Sul da Alemanha. Ele queria sair do tumulto em torno do seu nome e de sua pessoa e se dirigiu para uma propriedade particular em Rosenheim, próximo a Munique. A princípio, foi possível manter sua estadia em segredo. Todavia, uma vez que apareceu a primeira reportagem de jornal sobre sua chegada à Bavária, a multidão começou a chegar.
Até 30.000 pessoas por dia afluíam ao "Traberhof", em Rosenheim. Jornais, rádios e programas de notícias semanais divulgavam os eventos. Até um filme com o titulo "Gröning" foi produzido para o cinema, documentando os eventos ao seu redor.
Cenas biblicas
Na segunda semana se setembro, o jornal Zeitungsblitz noticiou, em uma edição especial: "Nesse meio tempo, mais de 10.000 pessoas se agrupavam, aguardando durante horas, em um calor sufocante, até o grande momento em que Gröning apareceria no balcão, falaria à massa e irradiaria sua energia curadora. A multidão permanecia, espremida, lado a lado, para poder receber o total benefício dos "Raios de Cura" que já começavam a se manifestar sobre os doentes mais sérios, em suas cadeiras de rodas e assentos, ou naqueles parados em pé, sozinhos, na periferia do local. Mais uma vez, pessoas semi-cegas voltaram a enxergar, mais uma vez deficientes se levantaram, mais uma vez paralíticos começaram a mexer seus membros endurecidos. Centenas relataram uma dor crescente no local da doença, um puxão, uma sensação de corte ou uma fisgada, uma sensação indescritível de "leveza do ser" ou dores de cabeça que repentinamente desapareceram."
Não somente no "Traberhof" aconteceram cenas bíblicas. Em todos os lugares em que Gröning aparecia, era imediatamente rodeado por incontável número de pessoas doentes. Anita Höhne descreveu a situação ao redor de Gröning em seu livro intitulado Curadores Espirituais de Hoje: "Mal Gröning anunciava sua iminente vinda, as peregrinações começavam. O jornalista Rudolf Spitz observou cenas típicas na visita de Gröning a Munique, em setembro de 1949:
"Às 19:00, milhares estavam parados em pé na rua Sonnenstrasse. Às 22:30, eles ainda estavam lá. Em cinco anos de guerra presenciei muitas situações, mas nunca fiquei tão abalado como naquelas quatro horas que passei sentado defronte a Bruno Gröning e presenciei um desfile macabro de miséria e sofrimento. Epilépticos, pessoas cegas e aleijados de muletas, espremidas a seu redor. Mães estendiam suas crianças aleijadas para ele. Havia pessoas inconscientes, choros ecoavam, desesperados choros por ajuda, súplicas, desejos, suspiros profundos."
Órgãos estaduais reconhecem e se tornam bem intencionados
Anita Höhne segue citando o jornalista Rudolf Spitz: "Eram doentes em macas, aleijados, uma gigantesca massa de pessoas, observou outro jornalista de Munique, Dr. Kurt Trampler, que veio como repórter do semanário de Münchner Allgemeine - um jornalista frio que somente escrevia o que ele mesmo via e ouvia: Então ouvimos do balcão uma voz, que não era a de Gröning, e corremos até a janela. O presidente da Força Policial de Munique, Sr. Pitzer, falava aos presentes. Ele declarava que o problema de ciática que o atormentou por anos tinha melhorado com a presença de Gröning. O Sr. Pitzer definitivamente não é o tipo de pessoa de imaginação hipersensível, mas deu testemunho do que aconteceu com ele. Ali estava ele dando aberto reconhecimento a Gröning e o Parlamentar da CSU, Sr. Hagen, seguiu com uma declaração similar."
As autoridades da Bavária também tinham atitudes positivas em relação a Bruno Gröning. O jornal Münchner Merkur reportou um artigo, em 7 de setembro de 1949, sob o título "A benevolência perante Gröning": O Ministro Presidente Dr. Ehard, em uma entrevista coletiva de impressa na segunda-feira, declarou que a atuação de uma "personalidade excepcional" como Bruno Gröning não deveria naufragar devido à parágrafos. Na sua opinião, não há nenhum obstáculo sério para garantir a Gröning a permissão para atuar na Bavária.
O Ministério do Interior da Baviera, ao final da redação, informou: "O exame inicial das atividades curadoras de Bruno Gröning nos levou à conclusão de que elas podem ser observadas como um ato livre de amor e não requerem nenhuma permissão baseada na Lei dos Terapeutas."
Tentaram prejudicá-lo até na documentação médica das curas
No "Traberhof", uma grande atividade de negócios ocorreu ao redor de Gröning. Havia muitas pessoas de negócios que queriam lucrar com suas habilidades. Eles prejudicaram sua reputação e prestígio, o que resultou no distanciamento das autoridades. Assim que as circunstâncias se tornaram insustentáveis, Gröning se retirou para as montanhas da Bavária. Ele queria checar algumas das ofertas para construir centros de cura. Seu objetivo era criar instituições onde os necessitados pudessem ser curados de maneira organizada. Os médicos realizariam exames antes e depois, segundo o procedimento empregado em Heidelberg que documentaria as curas ocorridas.
"پديده ای بنام گرونينگ" و علوم رسمی
کُنترل و بررسی پزشکی در هَيدلبِرگ و قول ارائه ورقۀ کتبی مبنی بر صحّت شفايابی ها
در دوران فعاليت برونو گرونينگ در هرفورد، کارمندان بخش پزشکی نشريۀ روُو REVUE تصميم به بررسی شفاهای حاصله توسط برونو گرونينگ می گيرند. بدين سان، پروفسور دکتر ه. گ. فيشر، روانشناس و پزشک ماربورگی با يک اکيپ، روانه شهر هِرفورد می گردد. در آنجا شروع به مُصاحبه با شفايافتگان و بررسی شفايابی ها نموده، و با شگفتی درُستی و واقعی بودن شفايابی هائی که بر طبق روش برونو گرونينگ بوقوع پيوسته بودند را اعلام می دارد. بعد از اعلان اين خبر، نشريۀ روُو، به حمايت از تشکيل گروۀ متخصّصين دانشگاهی، جهت بررسی و روشن نمودن اين پديده، برمی خيزد. برای اين کار، دانشگاه هَيدلبرگ، بررسی های علمی را بعهده ميگيرد.
برونو گرونينگ با قبول اين پيشنهاد مطرح شده از سوی پروفسور فيشر، اميدوار بود که از اوليای امور به کسب مجوّز شفارسانی علنی نائل آيد.
شفايابی ها پيش روی پزشکان به وقوع می پيوندد ـ "برونو گرونينک کلاه بردار نيست"
بيست و هفتم ماه جولای ، بررسی های علمی شروع شدند. دو گروه از افراد بيمار جهت آزمودن برونو گرونينگ انتخاب شدند، دسته اوّل از بين مريضان بستری در کلينيک لودولف- کرِلِ هيدلبرگ، و دسته دوّم از بين هشت هزار بيماری که کتباً از برونو گرونينگ تقاضای کمک کرده بودند، انتخاب گشتند. قبلاً، همه انتخاب شدگان، دقيقاً از سوی پزشکان متخصّص معاينه، و علّت بيماری آنها تشخيص و ثبت گرديد. بعد از آن، بيماران را پيش برونو گرونينگ آوردند، تا او "رَوش خود" را به کار بندد. در حين شفارسانی، همواره چندين پزشک حاضر بودند، و شاهد شفايابی های شگفت انگيز و آنی می گشتند. آزمايشات و مُعاينات بعديی که در کلينيک مذبور انجام گرفت، مؤيّد شفايابی ها بود. حتی بيماران مُبتلا به امراض غير قابل علاج - مثل بشترفز(نوعی بيماری سخت روماتيسمی ستون فقرات) شفا يافته بودند.
در مُصاحبه ای که پروفسور فيشر با نشريۀ روُو انجام داد، برونو گرونينگ را نه فقط دغلباز نمی داند، بلکه وی را بعنوان روان طبيبی با استعدادِ فوق العاده معرفی مينمايد. او پديده برونو گرونينگ را از ديدگاه مکتبی خود ارزيابی می نمود، بدون اينکه حقِّ مطلب را ادا کرده باشد.
برونو گرونينگ از کاسبی در اين امر سر باز می زند.
قرار بود بر اين بود که نظريّه قاطع پزشکی، بعد از ارزيابی تمام نتايج حاصله صورت پذيرد. پزشکان کلينيک بعد از مُشاهدات عينی خود به برونو گرونينگ اطمينان می دهند، که بزودی هيچ مانعی در امر شفارسانی علنی او وجود نخواهد داشت. در اين فاصله پروفسور فيشر و پروفسور وَيچزِکِر، که تمامی عملکردها و ارزيابی شفارسانی ها تحت سرپرستی ايشان انجام می گرفت، به برونو گرونينگ می گويند که آنها شفا خانۀ بزرگی خواهند ساخت، و برونو گرونينگ می تواند با آنها همکاری نموده و در امر شفا رسانی مدد نمايد، ولی به شرط اينکه انتخاب مريضان به عُهده آنها باشد.
برونو گرونينگ در اين مورد چنين گفته است: "پيشنهادات آقای پروفسور فيشر چه در رابطه با سرمايه گذاری و چه در موارد ديگر، نمی توانستند برای من قابل قبول باشند. البته در اين رابطه بارها گفتگوهائی با آقای پروفسور فيشر و ديگر آقايانی که آماده سرمايه گذاری بودند انجام پذيرفت. من اين پشنهادات را رد نمودم، زيرا که اوّلاً پَشيزی در بَساط ندارم، لذا نمی توانستم به آقای پروفسور فيشر در مورد ساختمان شفاخانه هيچ نوع ضمانت مالی داده و قادر به تقبُّل ديگر مسئوليت های مالی نيز باشم. دوّماً من هرگز در اَمرِ شفارسانی در فکر تجارت و سود جوئی نبوده ام. بدين سبب قبول اين درخواست ها برايم غير ممکن بود. بعلاوه من فقط می خواستم آنچه را که برای آن برگيزده شده ام انجام بدهم: به مُحتاجان مَدد رسانيده و دراين رابطه در خدمت پزشکان و روانشناسان باشم، و هرگز به فکر معامله و کاسبی نبوده ام."
مکتوم ماندن نظريه پزشکان، و ادامه درگيری با قوانين جاری
رَدِّ پيشنهادات پروفسورها از سوی برونو گرونينگ، موجب سردی علاقه ايشان نسبت به خواست های وی می گردد. در طول ارزيابی ها، مقُوله هائی مثل "روش شفاء" يا "طالبان شفاء" جای خود را به "معالجه"، "مُداوا" و "مريض" و غيره می دهند، و موضوع شفارسانی به حيطۀ طبِّ مکتبی سُوق داده می شود، و بدين ترتيب آنرا امری در ساحتِ درمانپزشکی جلوه داده و دوباره مُوجبات درگيری های برونو گرونينگ را با قوانين جاری درماناگری فراهم می آورند.
1949 - No foco da atenção pública
A atuação de Bruno Gröning em Herford
Milhares de doentes e pessoas procuram Gröning
Dieter Hülsmann, de nove anos de idade, já estava de cama há algum tempo. Ele sofria de distrofia muscular progressiva e nenhum dos médicos ou professores que consultou foram capazes de ajudá-lo. Depois que Bruno Gröning visitou o garoto, de repente, ele pode andar novamente. O engenheiro, Sr. Hülsmann, impressionado com a repentina cura de seu filho, convidou Bruno para se hospedar em sua casa. Segundo o Sr. Hülsmann, ele queria convidar outras pessoas doentes para que aquele "homem milagroso" pudesse também ajudá-las.
Bruno Gröning aceitou a oferta e, dia após dia, o número de pessoas procurando ajuda aumentava. Um crescente número de pessoas ficou sabendo dos milagrosos acontecimentos em torno de Gröning. Não demorou muito e todos estavam comentando a respeito. Os jornais reportavam sobre o "Doutor Milagroso" e, na área britânica, ele se tornou o assunto das conversas diárias. Milhares foram para Wilhelmsplatz e uma multidão acampou em seus arredores.
Manfred Lutgenhorst, do diário Münchner Merkur, 24 de junho de 1949, entre outras coisas, escreveu: "Assim que cheguei em Herford, em torno das 10:30 da manhã, por volta de mil pessoas estavam paradas na frente do pequeno sobrado na praça "Wilhelm". Era uma visão de sofrimento indescritível. Incontável número de pessoas em cadeiras de rodas, outras carregadas por seus parentes, cegos, surdos e mudos, mães com crianças deficientes e paralíticas, mulheres idosas e rapazes se espremendo e gemendo. Mais ou menos cem carros, caminhões e ônibus estavam estacionados ao redor da praça e todos tinham vindo de muito longe."
Aleijado, úlcera estomacal, cegueira: "O Sr. Gröning olhou para mim e agora estou completamente saudável."
Manfred Lütgenhorst continua: "Vocês acreditam que serão curados?" perguntei aos doentes. Eles acenaram que sim com a cabeça. Uma das pessoas falou: "Você deveria ter estado aqui ontem. Bruno Gröning não estava aqui, mas em Viersen, na Renânia e aqui, na praça, cinco pessoas deficientes se levantaram e foram para casa curadas. Cura à distância - a praça os curou." Os outros doentes confirmaram o que foi dito.
Eu fui mais para o centro da multidão e estenografava as estórias impressionantes, que já era material suficiente para escrever um livro. Assim que acendi um cigarro, um rapaz ao meu lado disse, "Por favor, me vende um!" Ele estava vestindo uma jaqueta do exército e parecia recém chegado da Rússia. Eu lhe dei um cigarro. Ele o acendeu e disse vigorosamente, "Está vendo, posso novamente fazer tudo sozinho" - mexeu seu braço direito, os dedos e sua perna direita. "Bruno Gröning o curou também?" perguntei. "Sim, fiquei aleijado do lado direito do corpo na Rússia. Bruno Gröning olhou para mim e agora estou inteiramente saudável. Eu ainda não consigo acreditar". Feliz, ele balançava seus membros.Avistei um grupo que estava rodeando uma mulher de cabelos brancos, de uns 40 anos."Lógico" ouvi a mulher dizer, "Eu também fui curada por Bruno Gröning. Eu tinha gigantescas úlceras estomacais, estava ficando cada vez mais magra e não conseguia mais dormir por causa da dor. Eu e mais onze pessoas procuramos o Sr. Gröning, (...) Ele olhou para mim e me pareceu que as úlceras caíram no chão como pedras. Desde então, não tenho mais dor, estou engordando e os exames de raios X mostram incontestavelmente que as úlceras desapareceram. Eu me coloquei à disposição da Comissão de Revisão Médica e posso lhe dizer, eles ficaram espantados!"
A mulher continuou: "Mas não é tudo. Na semana passada, um homem cego aqui na praça esperou vários dias e noites. Eu notei porque venho muito aqui. Tive pena dele e o convidei para uma refeição. "Não" ele recusou "Não devo perder o momento em que Bruno Gröning vai aparecer." Então eu trouxe alguns pães e disse a ele que cuidaria para que alguém o levasse de volta à estação de trem. Ele respondeu: "Eu não preciso de ninguém porque vou sozinho até a estação." E então eu vi, com os meus próprios olhos: Bruno Gröning veio e o jovem rapaz gritou: "Eu posso ver novamente!" Na verdade, o véu sobre os olhos sumiu. Ele descreveu para mim a bolsa que eu estava carregando. E disse: "Ali vai um carro e essa é a placa" e encontrou sozinho o caminho da estação. Todos que estavam parados ali perto choraram de felicidade."
Proibição de curar pelas autoridades do conselho médico
Não demorou muito para que as autoridades também se preocupassem com os acontecimentos. Uma comissão de revisão foi formada e Bruno Gröning foi proibido de curar. Alguns médicos influentes eram seus inimigos declarados.Eles fizeram de tudo para evitar seu trabalho e exigiram que ele se colocasse à disposição para que sua capacidade de cura fosse cientificamente testada. A verdadeira razão disso, todavia, ficou clara através da seguinte declaração do grupo médico: "Ele pode até provar, mas não receberá autorização para curar. Uma associação com Gröning ofenderia a honra da profissão médica." No final de junho, ele teve que deixar Herford para sempre, todos os esforços para obter permissão para curar falharam.
Evolução e situações de destaque em sua vida
Preparação para sua atuação futura
Anos de aprendizagem forçados e interrompidos
Após o término do período do primário até a quinta série, Bruno Gröning começou um curso de comerciante que teve que interromper após dois anos e meio, devido à pressão de seu pai. O mestre de obras queria que seu filho também aprendesse um ofício da construção. Ele mandou que fosse fazer um aprendizado para marceneiro, que também não foi possível concluir devido a turbulenta situação pósguerra. Um quarto de ano antes da conclusão de seu aprendizado, a firma em que ele aprendia teve que fechar as portas por falta de encomendas. Em seguida, ele viveu das mais diversas atividades. Egon Arthur Schmidt escreve sobre esse período:
"Ele tinha êxito em todo trabalho que realizava"
Sobre isso vários colegas de trabalho me relataram que uma característica especial era que ele se saía bem em todo trabalho que se propunha a fazer, consertando relógios, rádios, ou trabalhando como serralheiro. O que mais gostava era da parte técnica, mas nunca se negou a realizar trabalhos muito pesados. No trabalho no porto, ele puxava as cordas da mesma forma que todos seus colegas e não se vangloriava disso, pois fazia parte do caminho que o levava às profundezas para depois alcançar as alturas. Um antigo provérbio chinês diz: "Quem nunca passou pelo pântano não pode se tornar um santo." Existem testemunhos suficientes de excolegas, dos quais um há pouco chegou a meu conhecimento: ele declara com palavras simples e sinceras que, tendo trabalhado por um ano com Bruno Gröning, se lembra dele como o melhor e o mais honesto colega.
Casamento e reveses do destino
Ele se casou com vinte e um anos, porém sua esposa não o compreendia. Ela queria obrigá-lo a uma vida restrita de família burguesa e desdenhava das curas como sendo "um capricho". Os filhos, nascidos em 1931 e 1939, Harald e Günter, morreram, ambos com nove anos de idade. Apesar de inúmeras pessoas terem recebido cura através de Bruno Gröning, Gertrud Gröning não acreditava no poder da força curadora de seu marido. Ela confiou as crianças, não a ele, mas aos médicos, porém a medicina não pôde ajudá-los. Os dois meninos morreram no hospital, Harald em 1940, em Danzig e Günter em 1949, em Dillenburg. Para Bruno Gröning foram duros reveses do destino. Mesmo muitos anos mais tarde, lhe vinham lágrimas quando falava de seus filhos.
O tempo entre as guerras mundiais foram uma preparação para sua futura atuação. Ele teve passar por algumas experiências amargas para compreender as pessoas em todas as situações da vida e sentir seus sofrimentos.
Ajudar em vez de atirar – No front e na prisão de guerra
Em 1943, na segunda guerra mundial, foi convocado a se alistar no exército e se desentendeu com seus superiores. Por se negar a atirar em pessoas, o ameaçaram com a Corte Marcial, mas mesmo assim teve que permanecer no front. Ele foi ferido, preso pelos russos e, no final de 1945, foi para a Alemanha Ocidental como refugiado.
A atitude de Bruno Gröning na época da guerra esteve cunhada pelo desejo de ajudar. Mesmo no fronte, aproveitava toda oportunidade e se esforçava por seus camaradas e pela população.
Em uma aldeia russa, possibilitou o acesso ao estoque de alimentos do exército aos que estavam morrendo de fome. Na prisão, brigava por melhores condições para seus camaradas, melhores roupas, alimentação melhor e melhor abrigo. Ele ajudou na cura de inúmeros colegas que sofriam de edemas ocasionados pela fome. Nos horrores da guerra ele não matou ninguém, mas ajudou inúmeras pessoas.
Separação conjugal e total dedicação a todos os homens
Em dezembro de 1945, foi libertado da prisão, reconstruiu sua vida em Dillenburg e buscou sua família, porém se separou de sua esposa depois que seu segundo filho faleceu e ela queria proibir toda e qualquer atividade de assistência. Ele sentia a obrigação de fazer com que as forças curadoras que possuía chegassem a todas as pessoas. Ele disse: "Não pertenço a algumas pessoas, pertenço a toda a humanidade."
No começo de 1949, seu caminho o levou a região do Ruhr. Através dos relatos de alguns curados, cada vez mais pessoas se interessaram por Bruno Gröning. Ele ia de casa em casa, sempre onde era necessário, onde doentes pediam ajuda. Desta forma, ele agiu num círculo pequeno até que, em março de 1949, aceitou o convite de um engenheiro de Herford para visitar seu filho.
Infância e Juventude
Surrado, escarneado, incompreendido, aceito – uma criança diferente das outras
Fuga de um ambiente sem coração para a natureza: "Aqui vivencio Deus"
Bruno Gröning nasceu em 30 de maio de 1906, em Danzig-Oliva, como quarto filho dos sete do casal August e Margarethe Gröning. Seus pais logo perceberam o jeito extraordinário do filho, por exemplo, os animais, normalmente medrosos, vinham espontaneamente a seu encontro, coelhos e renas permitiam que ele os acariciasse sem medo.
Quanto mais Bruno Gröning crescia, tanto mais sentia estranho o mundo à sua volta. Gröning contava que às vezes o surravam tanto em casa que chegava a ficar verde e roxo. As pancadas, ele dizia, não doíam, mas ele se sentia incompreendido.
Com repugnância pela falta de amor do mundo à sua volta, o pequeno Bruno fugia para a natureza. Ele se sentia mais atraído pelos animais, árvores e arbustos do que pelos homens. Muitas vezes desaparecia por horas na floresta próxima a sua casa.
"Aqui vivencio Deus, em cada arbusto, em cada árvore, em cada animal, até nas pedras. Em toda parte podia ficar horas – na verdade não existia sensação de tempo – ficava em pé e meditava, e sempre me parecia que toda minha vida interior se expandia até o infinito."
Quando os meninos de sua idade brigavam com selvageria, ele nunca participava. Desta forma, muitas vezes se tornou objeto de escárnio e era surrado e castigado por ser diferente.
Curas benquistas em pessoas e animais
Com o tempo se reconhecia o aspecto na natureza de Bruno Gröning que mais tarde o levaria aos holofotes da publicidade: pessoas e animais se curavam em sua presença. Principalmente durante a primeira guerra mundial, muitas vezes ele visitava os hospitais militares onde era benquisto. Em sua presença os feridos se sentiam bem e muitos se curaram. Havia também doentes que pediam para sua mãe visitá-los e trazer o pequeno Bruno. Na família e entre seus conhecidos, a capacidade de curar era aceita com prazer.
Procurando se tornar independente
Em seu currículo, Bruno Gröning escreve: "Desde bebê, em minha presença, pessoas ficaram livres de seus distúrbios e, após poucas palavras, crianças e adultos se acalmavam de irritações. Também pude constatar que, ainda criança, animais normalmente medrosos ou até raivosos, na minha presença se tornavam dóceis e mansos. Por isso, minha relação na casa dos meus pais era complicada e tensa. Logo procurei total independência para sair do ambiente de mal entendidos de minha família."
Bruno Gröning (1906-1959)
Uma pessoa incomum na controvérsia da sociedade
Em 1949, da noite para o dia, o nome Bruno Gröning surgia com grande destaque na sociedade alemã, na imprensa, no rádio e nos noticiários. Os acontecimentos envolvendo o "Doutor milagroso", como acabou sendo chamado, mantiveram a jovem república perplexa por vários meses. Foi produzido um filme e comissões de investigação científica e órgãos públicos, até os mais altos escalões, se ocupavam ativamente com o caso Bruno Gröning. O Ministro dos Assuntos Sociais da região de Nordreheinwestfalen ordenou a perseguição de Bruno Gröning, acusando-o de transgredir a Lei de Práticas de Cura (medicina alternativa), enquanto o Primeiro-Ministro da Bavária declarava que não se deveria permitir que uma "aparição excepcional" como essa sucumbisse a simples preceitos legais. O Ministério das Relações Interiores da Bavária definiu a atividade de Gröning como "Livre Ação de Amor".
O caso Bruno Gröning gerou discussões fervorosas e controvérsias em todas as camadas da população, levantando emoções a altos níveis. Religiosos, médicos, jornalistas, juristas, políticos e psicólogos: todos falavam sobre Bruno Gröning. Suas curas milagrosas eram, para alguns, verdadeiras dádivas de um Poder Superior e, para outros, charlatanice. No entanto, a veracidade das curas acabou sendo comprovada por análises médicas.
Houve interesse mundial por um operário simples
Nascido em Danzig, em 1906, e emigrado, como exilado, para a Alemanha Ocidental após a 2ª Guerra Mundial, Bruno Gröning era um simples trabalhador. Ganhava sua vida com as mais diferentes atividades. Foi marceneiro, operário de fábrica, portuário, até que, subitamente, se tornou alvo central do interesse público. A notícia das suas curas milagrosas se espalhou pelo mundo. De todos os países vinham doentes, solicitações por carta e ofertas. Dezenas de milhares de pessoas procurando cura peregrinavam para os locais onde ele atuava. Uma revolução na medicina estava para acontecer.
Acuado pelas proibições, processos jurídicos e ajudantes gananciosos
Mas as forças opostas também estavam ali e faziam de tudo para impedir a ação de Bruno Gröning. Proibições oficiais de cura o perseguiam, envolvendo-o em diversos processos. Todas as iniciativas para regularizar sua atividade fracassaram. De um lado, devido à forte resistência de influentes segmentos da sociedade, de outro, pela incapacidade ou pela ganância de seus colaboradores. Quando Bruno Gröning faleceu, em janeiro de 1959, em Paris, o último processo contra ele estava em pleno andamento. O processo foi arquivado e nenhuma sentença foi proferida. Muitas questões, porém, continuaram abertas.
Deus é o maior médico
Não existe nada incurável
Confiar e crer – uma condição prévia para a cura
Somente Deus pode realmente curar, nenhum ser humano. Deus é o maior médico, para Ele não existe incurável nem impossível. Bruno Gröning sempre repetia: "Confie e tenha fé, a força divina ajuda e cura!"
A única coisa que ele esperava das pessoas que procuravam ajuda era disposição, confiança nele, fé em Deus, em Sua força curadora e desejar a própria saúde. Se um homem cumpre essa disposição, Bruno Gröning pode ajudar. Mesmo se a fé for muito fraca, ele oferece ajuda: "Se ainda hoje não puder crer, eu o farei por ti, até que consigas realmente crer. E se hoje ainda não consegues pedir e rezar, eu também o farei por ti."
Deus não é um juiz que castiga
Desta forma, se acreditar na saúde, é possível que o homem receba a ajuda de Deus através de Bruno Gröning. Todos devem ser ajudados. Os homens devem sentir que Deus não é um juiz que castiga e sim um Pai amoroso. Todos os homens são seus filhos e Ele é amigo e salvador.
Através de Bruno Gröning, o homem novamente pode vivenciar os milagres de Deus. Deus é o maior médico e ajuda todos os homens. Para Ele nada é impossível. Bruno Gröning falava: "Existe muito que não pode ser explicado, mas nada que não possa acontecer."
O homem é espírito
O corpo é somente o invólucro terreno para o espírito e a alma
Bruno Gröning esclarece seus ouvintes
sobre a real natureza do homem
perguntando: Quem são vocês? Nenhum de
seus ouvintes sabia responder, a não ser
dizer seu nome. "Vocês são o seu corpo?"
continuava inquirindo. Diante de nosso
silêncio, ele explicou que nunca somos
corpos e sim espíritos. Só recebemos nosso
corpo emprestado de Deus para esta vida
na Terra, ao nascermos, e devemos
entregá-lo à Terra quando voltarmos à casa
do Pai. Nossa alma faz a ligação entre o
espírito e o corpo e leva as boas e más
experiências desta Terra para o além. A
alma é o invólucro da faísca divina, que
proporciona ao homem a ligação com Deus,
assim que se abrir para a crença. Porém, se
a alma se fecha na descrença, a ligação
com Deus é cortada.
O corpo então não é o essencial do homem, somente o invólucro terreno para o espírito e a alma. Assim, com a morte do corpo não termina tudo, como hoje em dia muitas pessoas acreditam, porém a vida continua, ela não está presa ao corpo.
homem não é mau – só recai no mal quando descuida de si mesmo
O homem é espírito, o corpo é um presente que Deus coloca à sua disposição como ferramenta para a vida terrena. A verdadeira determinação do homem é utilizar o corpo para o bem e, com sua ajuda, transformar bons pensamentos em ações. Através do livre arbítrio, o homem tem a possibilidade de abusar do corpo com ações más, para roubar, matar, para destruir. Pelas atitudes do homem podemos depreender a quem ele está ligado, a serviço de quem ele está: a serviço de Deus ou de Satanás. Isto não quer dizer que o homem é bom ou mau, e sim:
"O homem é e continua divino, ele nunca é diabólico, ele nunca é satânico, nunca é mau. Porém, se ele abandonar Deus e descuidar de si mesmo, somente poderá ser possuído pelo mal. O mal o agarra e ele terá que servir ao mal. Não é o homem que faz o mal, mas o Mal. Do Mal não podemos esperar nada de bom! E, ao mesmo tempo, de Deus nada de mau!"
"Quando o homem é fraco demais, recai no Mal, se ele cair, então não poderá caminhar no caminho que o leva de volta, lhe faltarão forças. Ele cai e cai nos braços do Mal e então está entregue ao Mal. Se não chegar uma mão salvadora que o salve, ele estará perdido por um bom tempo. Ele terá que servir ao Mal."
Todo pensamento tem consequências
A obrigação de cada homem é manter seu corpo em ordem. Cada pensamento negativo, cada palavra e cada ação má terão resultado prejudicial para o corpo, isto é, quando o espírito não estiver ligado a Deus e se entregar à força negativa, pode acontecer o adoecimento do corpo.
Quando a alma se abre para absorver a força divina e se liga ao espírito, terá como consequência a saúde do corpo. Por essa razão uma atitude espiritual é decisiva. Jamais podemos prometer a cura. Sempre depende do próprio homem, como ele se abre ao bem e aceita os ensinamentos de Bruno Gröning. Um tratamento do corpo somente poderá combater as consequências, mas não eliminar a causa. Só mesmo o homem consegue isso, ao fazer o "grande retorno".
Pensamentos são forças
Pensamento positivo constrói, pensamento negativo destrói
Bruno Gröning muitas vezes incentivava
seus ouvintes a testar seus próprios
pensamentos e a só absorver os bons. Deus
e Satanás não só são forças, mas também
fontes de pensamentos. Eles emitem
pensamentos ininterruptamente: Deus emite
os bons, satanás os maus. Segundo Bruno
Gröning, o homem não produz
pensamentos, só é capaze de absorvê-los.
Bruno Gröning fala: "São muito importantes os pensamentos o homem absorve, pois pensamentos são forças. Se o homem quer o bem, Deus o ajuda, se quer o mal, satanás o ajudará."
O homem não está entregue sem vontade própria a tudo que lhe vier a mente. Ele mesmo decide quais os pensamentos que permite ou não. Porém ele deveria fazer a escolha conscientemente, não de modo superficial. Por trás de cada pensamento há uma força: um pensamento positivo constrói, um pensamento negativo destrói, uma notícia que alegre nos dá asas, uma triste desanima. Pensamentos são forças espirituais, carregam dentro de si uma força que o homem de hoje quase não imagina. Um pensamento que brota do amor pode fazer com que um homem dê sua vida por outro, porém um nascido do ódio pode fazer com que mate o outro. "Se cuidem de todo mal pensamento!"
"Tudo que for absorvido terá que ser descartado"
"Hoje você já têm consciência de que assim que absorvem um único pensamento mau, percebem que entram outros pensamentos maus e depois também pronunciam palavras más. Então, tudo que for absorvido terá que ser descartado."
"Se absorverem só um pensamento mau, já se tornarão servos do mal, realmente se tornarão servos de Satanás! Permitam que lhes diga isso!"
O homem aje de acordo com seu desejo
O que um ser humano pode fazer contra pensamentos depressivos, de dúvidas, de medo ou obsessivos? Como se defender deles? Eles aparecem de repente, como do nada, os assaltam e querem atacar seu ânimo, o que fazer?
Satanás quer confundir os homens com pensamentos negativos, não importa em que aspectos, tirá-los do caminho divino. Ele quer que o homem sinta medo, se aborreça, desconfie do bem e vá contra as leis de Deus. Para alcançar isso, faz uma simulação ao homem, fazendo-o crer que é uma bola de maus pensamentos, aos quais estaria entregue sem qualquer amparo. Porém isso é mentira e engano.
Deus criou o homem de forma que ele mesmo pode decidir seus pensamentos, sentimentos, palavras e atitudes. Quando passar um pensamento desses diante de seus olhos, ele poderá repelí-lo com toda calma, mas com todo rigor. Se ele for firme, o mal terá que se afastar e não ganhará poder sobre ele. O homem decide seu destino através de seu livre arbítrio. "O homem age de acordo com seu desejo. Assim o desejo, assim os pensamentos. O pensamento move o homem à ação."
Primeiramente devemos desejar saúde
Em um simples exemplo, Bruno Gröning mostra o grande significado do pensamento. Ao se construir uma casa, a primeira ação é o desejo de construir uma casa. Em seguida o pensamento se concretiza cada vez mais, até que seja um planejamento (planta). Até lá a construção existe apenas na fantasia do futuro dono da casa. A real construção da casa é o último passo, precedido por um longo caminho de inúmeros estudos e preparativos.
Da mesma forma é a cura. Primeiramente deve haver o desejo de ser saudável, depois deve haver uma separação mental da doença e a crença na saúde deve ser absorvida. E somente após o último passo a cura começa a entrar no corpo. Na verdade a cura não é obra do homem, mas um ato de misericórdia de Deus. O homem não pode merecê-la, mas alcançá-la.
O antagonismo „Bom“ e „Mau“
O homem vive no meio deles e sempre tem a escolha
Se o homem tem a possibilidade de decidir
através do livre arbítrio, aparece a pergunta:
Quais são suas alternativas? Sobre isso
Bruno Gröning fala: "Amigos, não ignorem
nem se esqueçam de que o homem vive
entre o bem e o mal. Ele vive entre esses
dois, lá o bem e acolá o mal, o homem
decide entre os dois."
O homem tem a escolha. Ele pode fazer o bem ou o mal. Se seu próximo estiver em perigo, ele pode ajudar ou passar sem lhe dar atenção ou até usar essa oportunidade para seu próprio proveito. Ele pode fazer o que quiser. Durante sua vida, consciente ou inconsciente, o homem sempre estará diante de bifurcações onde terá que se decidir pelo atalho bom ou mau. Geralmente são acontecimentos corriqueiros que determinam o desenrolar do destino.
Como quando nos separamos com raiva de um amigo devido a uma palavra sincera dele. E se pedimos a conta no emprego por raiva do chefe ou desdenhamos uma oferta excepcional por orgulho ferido? Quantas vezes são decisões espontâneas que, mais tarde, sentimos muito tê-las tomado, mas não podemos voltar atrás. Um pequenino momento pode decidir o futuro de nossa vida, para o bem ou para o mal.
Forças construtivas e destrutivas
Mas como chegamos a isso? O que está por trás da expressão "bem" e "mal"? A vida inteira não é um produto de acasos a que o homem está entregue sem amparo?
Bruno Gröning explica – o bem vem de Deus, o mal de seu adversário: Satanás! Esse realmente existe e sua meta é destruir todo o bem, todo o divino. Bruno Gröning pergunta: "Quem não deixa de fazer de tudo para destruir o bem e o divino? De onde vem a doença em tudo que cresce aqui na Terra? Pegue o que quiser, qualquer fruta ou qualquer outro ser vivente, Satanás continuamente e sempre tenta destruir tudo. Ele também conseguiu roer o homem."
"Satanás que existe nesta Terra, não deixa de fazer de tudo para destruir o bem, o divino."
"Onde está Deus há amor, onde está Satanás há guerras."
No plano espiritual os dois pólos ficam de frente: Deus, como a própria vida, e Satanás que quer destruí-la. Ao lado deles existem legiões de seres espirituais e a luta é travada com todo rigor. Os dois lados possuem uma enorme energia. Bruno Gröning descreve sua natureza com as simples palavras: "A força divina é construtiva e o força do mal, a diabólica e satânica, é destrutiva."
O homem pode absorver as duas e deixar que atuem, tanto no corpo como na alma. Uma tem o efeito construtivo e a outra enfraquece e destrói. A força positiva traz consigo a saúde, a negativa a doença.
A doença não é um castigo de Deus, mas a consequência de pensamentos errados
Bruno Gröning disse que a doença vem do mal e não, como muitos afirmam, que seria um castigo de Deus. Ele considerava tais pensamentos como mentiras e os rechaçava decididamente. Deus não castiga! A doença é a consequência de pensamentos e atitudes erradas. Quando a causa é eliminada, o efeito passa, e esse é o desejo de Deus.
"Não é como os homens acreditam, a doença não é um castigo de Deus. É como quando um filho deixa a casa dos pais e os pais não podem mais manter as mãos sobre ele, não conseguem mais proteger a criança. Desta maneira também abandonamos nosso Pai. Não podemos esquecer que somos somente filhos de Deus e somente Ele pode nos ajudar! Ele irá ajudar assim que encontrarmos novamente o caminho até Ele."
O livre arbítrio
O momem decide sozinho se acredita na doença ou na saúde
O conflito interno
Se sentirem dor durante o processo de cura, nem sempre é fácil pensar em Regelungen Muitas pessoas ficam inseguras: "São dores das Regelungen ou sintomas da doença?" E começa um conflito interno. Então se decide se o homem recebe a cura, isto é, quanto tempo leva o processo de cura. Depende do que ele acredita mais, na doença ou na cura. Se continuar acreditando na doença, ficará com ela, porém se finalmente chega a acreditar na saúde, o processo de cura se cumprirá. O homem decide sozinho.
Ninguém pode ser obrigado, ele terá que se decidir livremente
Esse é um ponto importante nos ensinamentos de Bruno Gröning. Continuamente ele frisava que o homem possui um livre arbítrio intocável, o maior presente que Deus pode dar a um ser vivente. Ele eleva o homem do grau de ser condenado para o grau de filho livre, que segue as leis do Pai, não forçado, mas de livre vontade. Porém o livre arbítrio também lhe dá a oportunidade de violar as leis de Deus.
Bruno Gröning respeitava o livre arbítrio como lei superior. Por isso ele somente pode ajudar os que estiverem prontos para se separar da doença. Ele só pode tirar do homem aquilo que ele lhe entregar de livre e espontânea vontade. Quem ficar sentado sobre sua doença, pensando nela e falando constantemente sobre ela, irá esperar em vão pela cura. Assim Bruno Gröning fala: "Eu posso ajudar uma pessoa a encontrar o caminho do bem, porém não posso lhe tirar a decisão, nem obrigá-lo a aceitar o bem. Cada um deve encontrar seu caminho sozinho."
As „Regelungen“
A limpeza do corpo primeiramente pode causar dor
As Regelungen são parte do processo de purificação
Algumas pessoas, ao absorver o Heilstrom sentem dores. Bruno Gröning chama esse fenômeno de "Regelung" e é um sinal de uma alteração no corpo. As dores das Regelungen não são comparáveis às dores da doença. Elas são provocadas pelo Heilstrom e são a expressão da limpeza dos órgãos doentes. Kurt Trampler (curado, colaborador temporário de Bruno Gröning, jornalista e autor) escreve: "As dores das Regelungen muitas vezes confundiam as pessoas que procuravam ajuda. A dor das Regelungen é necessária. Muitas vezes algumas pessoas temiam uma recaída quando as dores da Regelung começavam. Ficavam com medo e diziam: estou pior, vamos procurar o médico. Gröning disse: Por isso eu os advirto: quando a dor da Regelung vier, aguentem firme, pois não acontecerá nada de grave, é um sinal da cura."
As Regelungen podem ser diferentes uma da outra. As dores podem ser parecidas às da doença, às vezes até mais fortes, porém também podem se manifestar de forma completamente diferente. Cada caso é completamente diferente, pois cada corpo reage de forma diferente à força curadora.
A dor da Regelung não pode ser evitada. Ela é parte do processo de limpeza, onde a sujeira da doença é expelida.
O processo da Regelung
Bruno Gröning explica o fenômeno das Regelungen, tomando como exemplo uma jarra suja de leite. Ele pergunta como encher de leite fresco uma jarra de leite azedo e fedido. A resposta está bem clara, primeiro o leite estragado deve ser jogado fora e depois a jarra deve ser limpa. O mesmo acontece no homem no sentido figurativo. Se considerarmos o corpo como a jarra, a doença como o leite estragado e a saúde sendo o leite fresco, então o homem primeiramente terá que se separar da doença – despejando o leite estragado. Depois o corpo é limpo da sujeira da doença – são as Regelungen. O leite fresco somente poderá ser colocado na jarra limpa – e assim a saúde entra no homem.
Em outro quadro, ele comparava o homem a uma fruteira. "Peguem uma fruteira cheia, não importa com que, podemos dizer com frutas, que já está lá há dias, isto é, estava lá, ninguém se importou com elas, ninguém cuidou delas e assim elas apodreceram. Essas frutas não podem mais ser comidas. Então chega alguém e lhe dá frutas novas e saudáveis. Seria uma grande bobagem colocar as frutas novas e saudáveis sobre as estragadas, pois as boas também iriam passar para o estado de deterioração. Se vocês querem ter frutas saudáveis, primeiramente terão que jogar fora as estragadas e não saudáveis, as que não servem mais para comer, mas não somente isso, também terão que limpar a fruteira para depois colocar as frutas saudáveis. Comparem essa fruteira com seu corpo e as frutas com seus órgãos doentes, e o bem é o que vocês esperam receber, mas é impossível se antes não jogarem fora o que está estragado, isto é, evitarem dar atenção à doença."
O „Einstellen“
A posição correta do corpo e do espírito para absorver o Heilstrom divino
Bruno Gröning denominava Heilstrom a
força espiritual que promove a cura. Como
sinônimos, ele também utilizava as
expressões: ondas de cura e força divina.
Como o homem pode receber o Heilstrom dentro de si, como se abrir para a força
divina? Bruno Gröning recomendava aos
que procuravam ajuda que se sentassem
na seguinte posição: não cruzar braços e
pernas, mãos abertas com as palmas
voltadas para cima sobre as coxas; além
dessa posição exterior, é importante
desligar todos os pensamentos que
atrapalham e se concentrar completamente
no que está acontecendo em seu corpo.
Uma posição espiritual aberta e de fé é
prerequisito fundamental. Desta forma, o
homem pode se abrir ao fluir da força
curadora. Bruno Gröning disse: "Deus nos
dá tudo de bom, porém temos que absorver
tudo que Ele nos envia – então absorvam!"
Ele explica da seguinte maneira porque a posição do corpo é tão importante: "Aqueles que ainda têm um corpo que se move livremente, muitas vezes se contraem, o que também é uma força, a força do hábito. Certamente às vezes podemos contrair as pernas cruzadas, isto é, esticá-las, mas não quando quer receber o bem, o divino. Então devemos estar livres, sentados ou em pé, com as mãos abertas e vazias!"
Kurt Trampler (curado, cooperador temporário de Bruno Gröning, jornalista e autor) escreveu em seu livro O grande retorno: "Importante [...] e, além da preparação interna, também uma posição externa aparentemente simples, mas na verdade essencial. Devem se sentar com as costas livres, não cruzar pernas, braços e manter as mãos afastadas uma da outra. Segundo a concepção de Bruno Gröning, encostar uma mão na outra provocaria um curtocirquito da força da vida no tronco; pernas encostadas uma na outra ou cruzadas levam ao mesmo prejuízo nos membros inferiores. Aquele que cometer esses erros muitas vezes, eventualmente poderá contrair doenças desagradáveis."
Prestar atenção em seu corpo
Bruno Gröning chamava de "Einstellen" a absorção consciente da força. O homem se sintoniza no Heilstrom: onde e quando isso acontece não é importante. Só é importante que haja silêncio, que se desligue de todos os pensamentos que atrapalham e que preste muita atenção no que acontece em seu corpo. Em suas palestras, constantemente Bruno Gröning perguntava às pessoas o que elas sentiam.
"Somente precisam se sintonizar para receber a verdadeira emissão divina, ou melhor, alcançar. Vocês irão perceber como podem alcançar essa emissão, mas repetidamente devo dizer, somente depois de realmente prestar atenção em seu corpo, assim que prestarem atenção no que acontece nele, não tanto à sua volta, mas dentro dele, em seu próprio corpo."
Todos os homens conseguem sentir o Heilstrom em seu próprio corpo. Um sente formigamento, outro sente frio ou ondas de calor. Um terceiro precisa movimentar braços ou pernas, um quarto se sacudir. Dessa forma, o Heilstrom desperta as reações mais distintas.